Postado por V&C Artigos e Notícias às 12:43
hematomas na barriga de Carla indicam sinais de parto forçado |
Uma grave denúncia envolvendo o Hospital do Seridó e o médico e ex-vereador Valdemar Araújo veio a tona ontem através da imprensa. Segundo o relato, no último dia 27 de outubro de 2012, por volta das três horas da madrugada, deu entrada no Hospital do Seridó em Caicó, a paciente Carla Simone dos Santos.
Ela estava em trabalho de parto e foi submetida a um exame de toque, ficando constatado que a mesma se encontrava com um centímetro (1 cm) de dilatação.
Oito horas após sua entrada no hospital, Carla foi submetida a outro exame de toque, realizado pela parteira, e mais uma vez ficou evidente que a gestante ainda se encontrava com um centímetro de dilatação. Dessa forma, concluiu-se que, após oito horas de internação, a paciente não tinha aumentado a dilatação.
Às 13 horas do dia 28 começava o drama de Carla que ia culminar com a morte de sua filha, a pequena Carol. Ela começou a passar mal e, segundo seu próprio relato, chegou a desmaiar, ficando desacordada. Foi esse momento que, segundo o marido da gestante, o médico Dr. Valdemar Araújo, que é ex-vereador, se recusou a prestar socorro a mesma.
Às 14h:30min, o quadro da paciente se agravou. Os familiares e esposo começaram a implorar para que Dr. Valdemar prestasse socorro a Carla Simone. Nesse instante, o esposo da paciente teria perguntado se o médico iria deixar a filha e a mulher dele morrerem. Valdemar teria dito sarcasticamente que “ Ela podia morrer, e que até ele também morreria um dia”.
Ás 15 horas a situação se agrava drasticamente e o médico leva Carla desacordada para sala de parto normal. O relato diz que durante todo esse período Valdemar Araújo se recusava a fazer o parto cesáreo.
Valdemar ainda ordenou ao policial de plantão que retirasse todos os familiares da paciente do interior do hospital e teria mandado uma enfermeira dizer que estava tudo bem, que Carla Simone já se encontrava com 8 centímetros de dilatação e que naquele exato momento a criança já estaria nascendo.
Outros profissionais que examinaram a paciente posteriormente afirmam que não acreditam que a mesma estivesse, no momento do parto, com a dilatação necessária, pois ela apresentava traços de quem teria sido vítima de um parto forçado. Alguns desses profissionais chegaram a demonstrar repúdio e até se emocionar com a violência sofrida pela mãe e a criança.
Pequena Carol morreu por negligências daqueles que deveriam resguardar sua vida |
Três horas depois de ser levada desacordada para sala de parto, a
criança finalmente nasceu. No momento em que a criança estava nascendo
percebeu-se que a mesma se encontrava asfixiada. O cordão umbilical
havia laçado seu pescoço, levando-a a ter uma momentânea parada
respiratória após o parto. Dessa forma, o nascimento ainda não
representava o fim da angustia daquela mãe e sua filha. Diante da
gravidade da situação, ambas foram levadas para Currais Novos. A
criança estava em estado gravíssimo em decorrência do parto forçado. O
relato diz que a recém-nascida, que se chamaria Carol, sofreu machucados
que se transformaram coágulos na sua cabeça e veio a falecer horas
depois.
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