sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

UMA PEQUENA AMOSTRA DO MEU LIVRO.


Na beira do caminho de pedregulhos, vi um homem sentado em uma pedra com o semblante abatido e olhar distante.
Riscando o chão com um graveto nas mãos que lentas, tão lentas pareciam querer acompanhar seu pensamento . Ninguém se atrevia a entrar naquela viagem, pois, naquela viagem só havia lugar para um. “Ele”. Passavam horas e horas e ele naquele ritual, quase todos os dias eu via aquela imagem.
- Que estaria a pensar aquele pobre homem?
Quando não estava assim, estava sorrindo fingindo sentir algo que não sentia, e na minha inocência pensava: É assim mesmo. É normal.
Seus passos eram lentos acompanhando o seu pensamento, que arrastava-lhe vida a fora, esperança existia não sei de que, pois de vez em quando sorria!.
Passaram-se os anos pouca coisa mudou, o homem se mudou nunca mais o vi. Cresci, vivi. Vi e senti, que aquele homem deixou rastros no meu caminho.
Todos os medos, todas as dúvidas, Toda a angustia daquele homem, que formavam os pensamentos, estavam ligados a mim. Pois se preocupava comigo. Qual seria meu destino, qual seria a minha sorte.
Preocupação de pai, viaja em pensamentos distantes vive traçando caminho, e prefere desenhá-lo no pensamento. Só assim, dá prá tirar os espinhos.
Nas horas dos seus sorrisos, desenhava para mim um lindo caminho.
Autora: Elizabeth Silva

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