O Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa a nota do Enem, desponta como porta de entrada para uma das cerca de 200 mil vagas em universidades públicas federais ou estaduais em todo país que utilizam somente a nota do exame em sua seleção. O total equivale a soma da seleção de primeiro e segundo semestre. O Sisu é uma plataforma online usada pelos estudantes que participam do Enem para inscrição nas instituições de ensino superior que aderiram ao sistema. Tem duas edições ao ano e sua dinâmica é por turnos. Durante o dia, fica aberto a seleção e modificação por parte dos estudantes e na madrugada (23h59 às 06h00) é fechado a edições. Neste momento o sistema gera o ranking classificatório. No dia seguinte, o sistema é reaberto para os estudantes verificarem sua classificação no curso escolhido ou alterarem o curso/universidade.
Adriano Abreu
No Sisu o candidato pode indicar duas opções na mesma universidade ou em instituições diferentes
No Sisu o candidato pode indicar duas opções na mesma universidade ou em instituições diferentes
A UFRN, a partir do próximo ano, oferecerá todas as vagas pelo Enem/Sisu. Este ano, 3.015 das 6.864 vagas são por vestibular tradicional e as demais pelo Sistema de Seleção Unificada. A mudança é benéfica, de acordo com o pró-reitor de graduação da UFRN, Adelardo Medeiros, uma vez que amplia a participação de estudantes que ficariam de fora do processo de seleção que não teria como pagar taxas de inscrições ou mesmo se deslocar para prestar os exames.
A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) é a única no Rio Grande do Norte (UFRN), que oferece todas as vagas via Enem/Sisu.
Com inscrições duas vezes ao ano, no Sisu o candidato pode indicar duas opções de curso, na mesma universidade ou em instituições diferentes, e que podem ser em cursos iguais ou diferentes. É preciso identificar no sistema qual deles será considerado como primeira opção e qual deseja como segunda opção.
A primeira é considerada a definitiva. Em caso de aprovação, a segunda opção é descartada e, mesmo que o aluno não realize a matrícula na universidade, caso passe nesta opção, o Sisu encerra a chamada e não permite inscrição na lista de espera.
Já a segunda opção funciona mais ou menos como uma segurança para quem ainda tem esperanças de passar em um curso ou universidade preferida, mas não quer correr o risco de ficar de fora de uma das vagas oferecidas. Quem passa na segunda opção, indo ou não matricular-se no curso que passou, continua concorrendo à vaga que escolheu como primeira opção.
A lista de interesse requer toda a atenção dos alunos. O Sisu faz duas chamadas e nelas valem suas duas opções. A partir da terceira chamada, as responsáveis por convocar os candidatos são as próprias universidades. O Sisu só manda para as universidades a lista de candidatos que estão esperando vagas, aqueles que declararam interesse em continuar concorrendo.
O aluno só pode declarar interesse pela vaga que foi a sua primeira opção. Mesmo que ele já esteja matriculado no curso que indicou como segunda opção, ele pode declarar seu interesse e ficar atento para as chamadas que serão feitas pela própria instituição (escolhida como primeira opção).
Fique atento à nota de corte
Diferente do que ocorre nos vestibulares convencionais, no Sisu a escolha dos cursos pode ser modificada ao longo do prazo de inscrição. Isto porque o Sisu para o sistema à meia-noite e volta a funcionar no outro dia pela manhã. O que permite ao candidato conhecer qual seria a nota de corte daquele curso se a seleção tivesse acabado no dia anterior.
O ponto de corte é a nota que, no dia anterior, tinha o aluno que estava na última colocação entre os aprovados. Ou seja, se um curso tem 50 vagas, a nota de corte é aquela do candidato que se classificou em 50ª posição - a última vaga. O candidato que tiver nota superior ao da última vaga está, em princípio, entre os 50 aprovados. Se não, ainda não está na lista de aprovados.
Durante os cinco dias em que o Sistema de Seleção Unificada fica aberto para inscrição nos cursos é possível verificar se o candidato está abaixo ou acima do ponto de corte. Com essa informação, o candidato decide se continua nesta opção de curso ou troca por outra. O ponto de corte varia a cada dia, de acordo com os candidatos que estão competindo às vagas. Pode acontecer de em um dia o aluno estar acima, mas em outro estar abaixo do ponto de corte.
As notas de corte são calculadas de acordo com o peso adotado por cada universidade. Por exemplo, a prova de português do Enem pode valer mais para a carreira de Jornalismo e menos para a de Ciência da Computação. Os pesos também são diferentes para os concorrentes pelo sistema de cotas. Esse sistema segundo os especialistas não causa impacto ou fere a isonomia. A oferta ocorre em duas chamadas. Quando o sistema fecha no último dia, a nota de corte costuma estar bem acima daquela que apareceu no segundo dia de inscrições.
Entretanto, as notas de corte do último dia de inscrição do Sisu não são divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Caso ocorresse, de acordo com algum educadores, a divulgação poderia auxiliar os alunos a fazerem estratégias para a prova.
Fonte: Tribuna do Norte
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