Brasília (AE) - O investimento do Ministério da Educação em segurança no
Exame Nacional do Ensino Médio aumentou o custo médio das provas. O
gasto por estudante inscrito chegou a R$ 55,98, quase R$ 8 a mais do que
no ano passado. Desse valor, R$ 45,33 saíram dos cofres públicos, pois a
arrecadação com as taxas de inscrição não foi suficiente para cobrir
todo o custo.
Um total de 5,7 milhões de pessoas farão as provas
sábdao e domingo em 1.615 cidades do País. Em entrevista, o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, disse que o aumento do custo do exame
ocorreu com a compra de cadeados eletrônicos e chips de segurança e as
mudanças na aplicação e correção dos testes. O gasto total do governo na
realização do exame está estimado em R$ 262 milhões.
Mercadante
disse estar "tranquilo" e "seguro" que o primeiro Enem de sua gestão
ocorrerá sem fraudes e falhas ocorridas nas versões anteriores. "Não é
possível um custo que não fosse este. Para nós, o prejuízo de não fazer
bem feito é muito maior", afirmou. "É um custo muito pequeno para a
oportunidade que estamos dando aos brasileiros de chegar à universidade
de forma democrática e republicana."
As mulheres (3,4 milhões)
ultrapassaram os homens (2,3 milhões) no número de inscritos. O Sudeste
lidera as inscrições (2,1 milhões), seguido do Nordeste (1,8 milhão),
Sul (732 mil). Norte (R$ 590 mil) e Centro-oeste (522 mil). A maioria (4
milhões) alegou não ter dinheiro para pagar a inscrição. Um milhão de
estudantes pagou uma taxa de R$ 35, o que diminuiu o gasto do governo na
realização das provas.
Mercadante disse que foram checados 3,4
mil itens de segurança e qualidade em 11 etapas do Enem, desde o
planejamento até a capacitação das 566 mil pessoas envolvidas na
organização das provas. Nesta fase de aplicação, os organizadores
concentraram a atenção em 33 itens, numa tentativa de evitar falhas e
fraudes. "É um sistema logístico complexo. Temos todo o cuidado e
rigor", afirmou o ministro, que ressaltou ainda a participação de 20 mil
agentes policiais no apoio do Enem.
A divulgação do gabarito da
prova está prevista para ocorrer na próxima quarta-feira, dia 7 de
novembro, mas técnicos do governo avaliam que na noite de terça-feira, o
resultado já estará disponível na internet. O resultado das provas
sairá no próximo dia 28.
Na entrevista, Mercadante reforçou as
recomendações para os estudantes inscritos no Enem não perderem as
provas. Ele lembrou que os exame começa às 13 horas impreterivelmente e
os estudantes devem chegar ao local com um hora de antecedência com o
cartão de matrícula e um documento com foto. O ministro disse que está
sentindo a mesma ansiedade que sentiu em 1972, quando prestou vestibular
para Economia na Universidade de São Paulo (USP). Ele ressaltou, no
entanto, que tudo até o momento está saindo de acordo com o que foi
planejado.
O ministro disse que não foram registrados incidentes
na distribuição das provas. Entre as medidas de segurança adotadas neste
ano está a adoção de lacres eletrônicos em 25% dos malotes de provas. O
instrumento permite aos organizadores saberem os horários em que os
envelopes foram fechados na gráfica e o momento da abertura nas salas de
aula. Questionado sobre o resultado do Enem na sua carreira política e
até a mudança para outra pasta do governo, Mercadante respondeu que se
sentia um "vestibulando", mas estava seguro de que o exame ocorreria
como planejou.
Fonte: Tribuna do Norte.
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